Envelhecimento da população brasileira é desafio para a Enfermagem

Atenção primária precisa se preparar para mudanças demográficas que ocorrerão até 2060

07.11.2022

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil terá mais idosos do que jovens dentro dos próximos 40 anos. Em 2018, havia 19,2 milhões de pessoas acima de 65 anos, o que correspondia a 9,2% da população. Até 2060, serão 58,2 milhões de idosos, o que representará 25,5% da população. Esse processo de envelhecimento da sociedade está criando novos desafios para a Enfermagem e para o Sistema Único de Saúde (SUS), que precisam se adaptar a essa nova realidade.

Além de se adaptar às necessidades de uma população com faixa etária mais avançada, segundo a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Gabriela de Oliveira Pintar, uma das metas estratégicas deve ser a definição de investimentos para capacitações e protocolos específicos de cuidados paliativos na atenção primária à saúde.

Os cuidados paliativos são prestados a doentes sem alternativa de tratamento curativo, para dar conforto por meio de mecanismos de controle da dor e apoio psicológico, além do suporte de uma equipe que faz ponte entre a família, a equipe de saúde e o hospital. “Aliviar a dor e dar conforto aos pacientes estão entre as principais missões da Enfermagem. Portanto, precisamos nos preparar para o futuro, que remonta ao passado, com base nas melhores evidências científicas”, frisa a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos.

Para ter acesso a cuidados paliativos, os pacientes não necessariamente precisam estar no estágio terminal de uma doença. “A oferta desses cuidados envolve o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), oferecido pelo SUS para prevenir, tratar, reabilitar e promover saúde em domicílio, permitindo a desospitalização e garantindo a continuidade dos cuidados”, considera Gabriela de Oliveira Pintar.

A pesquisadora considera que esses serviços são bem preparados, mas insuficientes para suprir as necessidades da população brasileira. Para ela, as pessoas alcançadas recebem atendimento de qualidade, mas a falta de profissionais faz aumentar a fila de espera pelo serviço. Portanto, é necessário definir uma estratégia nacional para lidar com essa frente.

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