Na tarde dessa quinta-feira (07), estudantes e profissionais de Enfermagem participaram do protesto pela aprovação do PL 2564/20, que cria o piso salarial da categoria, na Praça Costa Pereira, no centro de Vitória. A movimentação contou com um carro de som e cartazes, tendo como destino final o Palácio Anchieta, também no centro da capital.

Durante o percurso, além da aprovação do piso salarial, representantes da Enfermagem ressaltaram a falta de valorização profissional e condições indignas de trabalho. O ato foi aplaudido pela população e motoristas que passavam pelo local.

A ação teve como objetivo sensibilizar os parlamentares e a sociedade sobre a urgência da aprovação do PL que, atualmente, tramita na Câmara dos Deputados. A proposta já teve o requerimento de urgência aprovado pelos parlamentares e deve entrar em pauta no plenário neste mês de abril – prazo limite devido ao início do período eleitoral.

“A Enfermagem é a engrenagem que conduz a saúde. Essa mobilização é para chamar atenção da sociedade para as pautas da categoria. Contamos com a bancada capixaba na Câmara dos Deputados pela nossa valorização que, mesmo com a falta de respeito, longas jornadas de trabalho e péssimos salários, segue prestando serviço à população”, destaca a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), Andressa Barcellos.

A mobilização teve apoio do Coren-ES, do Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), da Associação Estadual dos Profissionais de Saúde (AEPS), do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos no Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos) e do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES).

PL 2564/2020 – O projeto, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), foi aprovado em novembro pelo Senado Federal e está na Câmara dos Deputados para apreciação e aprovação. Se aprovado, deverá ser encaminhado ao presidente da república para sanção. A proposta do piso estabelece salário mensal a partir de R$ 4.750 para enfermeiros e remunerações proporcionais de 70% do valor para os técnicos e 50% para auxiliares e parteiras, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC).