Falhas no atendimento matam mais que Aids, overdose e acidentes de carro

Mesa redonda debateu segurança do paciente no 20º CBCENF nesta terça-feira (8/11)

08.11.2017

A conselheira federal Eloíza Correa durante a Mesa Redonda “Segurança do Paciente: cenário atual e tendências”

No Brasil 220 mil pacientes sofrem danos ou morrem devido à falta de segurança em procedimentos médicos ou hospitalares.

De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados, essas falhas matam mais que a Aids, câncer de pulmão, overdose de drogas e acidentes de carro. Por isso, provoca espanto quando se fala que o processo de cuidado em saúde pode causar incidentes com danos.

Segundo a conselheira federal, Eloiza Corrêa a segurança do pacientes é essencial e fundamental para as instituições de saúde e também aos profissionais, devido a qualidade da assistência para prevenção dos danos e dos eventos adversos que tem causado um número altíssimo de mortes decorrentes destes danos, que a maioria das vezes poderiam ser evitáveis.

Eloiza ressalta que o paciente deve ser o ponto central da preocupação dos profissionais e da alta direção, com a segurança nos serviços de saúde. “Quando ele é ouvido e convidado a participar ativamente de seu cuidado e tratamento, deixa de ser um mero recebedor passivo de cuidados e pode contribuir com um atendimento mais seguro, ciente de sua responsabilidade como cidadão e consumidor de serviços de saúde. Desta forma, a parceria entre paciente, familiares e profissionais de saúde pode contribuir para o sucesso do tratamento”.

O coordenador da REBRASP- Rio de Janeiro, Silvio Cesar da Conceição, durante a sua palestra.

O coordenador da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRASP- Rio de Janeiro, Silvio Cesar da Conceição destaca que um dos pontos mais importantes para a segurança do paciente foi que a criação da Aliança Mundial Para Segurança do Paciente, pela da Organização Mundial de Saúde – OMS, onde visa auxiliar indivíduos e organizações na melhoria de sua compreensão e conhecimento sobre o tema. “É de suma importância que a categoria da enfermagem e das equipes multidisciplinares coloque em práticas a atenção ao paciente e consiga identificar o quanto antes as possíveis falhas no processo de gerar erros”.

Silvio relata que as equipes devem fazer as notificações para diminuir os eventos adversos, “Não se trata de buscar culpados para as situações de eventos adversos , ao contrário, o foco está na melhoria da qualidade e da segurança da assistência”.

O especialista ainda informa que a cultura de segurança do paciente está relacionada às informações relatadas sobre incidentes que ocorrem na assistência, no sentido que a partir destes incidentes relatados sejam elaboradas estratégias e tomadas providências a fim de evitar a ocorrência de novos casos. Para isso, torna-se imprescindível à implementação de sistemas efetivos de notificações sobre incidentes na saúde.

 

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