Febre Amarela: Coren-ES conclama Enfermagem para ação humanitária

Estado do Espírito Santo registrou 14 mortes por febre amarela

06.03.2017

O medo da febre amarela tem levado a população capixaba a enfrentar longas filas, na tentativa de se imunizar contra a doença. E a preocupação é totalmente justificada pelo número de mortes no Espírito Santo. Até o dia 23 de fevereiro último, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou 14 mortes por febre amarela.

Neste momento delicado, a sociedade e os gestores da Saúde contam com a valorosa atuação dos profissionais de enfermagem. Não fossem os auxiliares, técnicos e enfermeiros, a situação estaria pior. O Coren-ES parabeniza esses profissionais que estão na linha de frente do combate à febre amarela.

“Mesmo em condições inadequadas de trabalho, com baixa remuneração e sem o devido reconhecimento, os profissionais de enfermagem não esmorecem. Pelo contrário. Estão sempre a postos para assistir a população”, ressaltou o presidente do Conselho, Wilton José Patrício.

Voluntários – O Coren-ES também está preocupado com o surto de febre amarela no Espírito Santo. E há uma questão desafiadora. O número de profissionais trabalhando na imunização é pequeno diante da quantidade de pessoas que procuram os postos de vacinação.

Neste sentido, o Conselho conclama os profissionais de enfermagem para uma ação humanitária: dedicar parte do tempo para reforçar as equipes de vacinação contra a febre amarela, especialmente na Grande Vitória.

A prefeitura de Vila Velha, na Região Metropolitana, encaminhou ofício ao Conselho com essa solicitação. Quem puder colaborar com esse trabalho do município, na condição de voluntário, pode enviar nome, número do registro, endereço e telefone para o e-mail campanhafebreamarela@coren-es.org.br.

Caso outras prefeituras solicitem, o Coren-ES também transmitirá o apelo aos profissionais.

Conselheiros irão participar – O presidente do Coren-ES e diversos conselheiros confirmaram que irão integrar as equipes de vacinação contra febre amarela no próximo dia 11, Dia D da campanha no Espírito Santo.

A doença – É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. Os casos de Febre Amarela no Brasil são classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.

Na febre amarela silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na febre amarela urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.

Sintomas – Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Números no ES – Este ano, até o dia 23 de fevereiro, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) recebeu 190 notificações de suspeita de febre amarela. Dessas, 19 foram descartadas. Do total de 171 casos, 52 foram confirmados para febre amarela silvestre, sendo que 14 casos evoluíram para óbito.

 

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