Grupos de Saúde da Mulher planejam ações para 2018

Atuação qualificada da Enfermagem Obstétrica é fundamental para a queda da mortalidade materno-infantil

26.04.2018

“Precisamos estar alinhados para enfrentarmos os desafios na Enfermagem Obstétrica de forma colaborativa e uniforme”, afirmou Herdy Alves, coordenador da Comissão de Saúde da Mulher

Grupos técnicos, câmaras técnicas e comissões de Saúde da Mulher do Sistema Cofen/Conselhos Regionais debatem ações que devem ser implantadas para intensificar a presença da Enfermagem no âmbito da Saúde da Mulher, nesta quinta e sexta-feira (26 e 27/04), na sede do Cofen, em Brasília.

Com participação do Ministério da Saúde, a programação da Oficina de Planejamento Estratégico de Saúde da Mulher dos Conselhos Regionais de Enfermagem para 2018, realizada pela Comissão de Saúde da Mulher do Conselho Federal de Enfermagem (CSM/Cofen), busca traçar e validar diretrizes estratégicas para a formação, regulação e prática na área de Enfermagem e Enfermagem Obstétrica.

Dados do Ministério da Saúde indicam uma queda na mortalidade materna de 57% entre 1990 e 2015. Porém, os desafios ainda são muitos, principalmente no que diz respeito às estruturas físicas dos locais de parto, os processos de trabalho – que ainda são dominados por profissionais médicos – e à falta de vagas suficientes na rede de atendimento.

Muitas ações vem sendo implantadas no serviço público de saúde para que a mulher receba um atendimento de qualidade no momento em que ela necessita. De acordo com o Ministério da Saúde, a implantação do Acolhimento e Classificação de Risco (A&CR), por exemplo, amplia a responsabilidade dos profissionais de saúde e aperfeiçoa o trabalho em equipe na assistência ao parto, filtrando o atendimento por nível de gravidade e não por ordem de chegada.

Membros de Grupos Técnicos, Câmaras Técnicas e Comissões da Saúde da Mulher do Sistema Cofen/Conselhos Regionais reunidos na oficina

A Coordenação Nacional de Saúde das Mulheres/MS estima que serão necessários quase 1800 profissionais atuando diariamente em todo o Brasil para que os enfermeiros obstétricas e obstetrizes assumam a atenção a 70% dos partos normais – com taxa de cesariana de 35%. “Considerando a evolução deste cenário na Enfermagem, o Ministério da Saúde lançou, em 2017, o Apice On. O projeto visa qualificar os processos de atenção, gestão e formação relativos ao parto, ao nascimento e ao abortamento nos hospitais com atividade de ensino, incorporando um modelo com práticas por evidências científicas, humanização, segurança e garantia de direitos”, afirmou a representante do MS. Atualmente, existem 96 hospitais parceiros.

Ainda existem outras iniciativas do governo na área como o Parto Cuidadoso, baseado na ideia de classificar as gestantes em grupos com características obstétricas, a fim de que seja oferecido o atendimento adequado. Já a ampliação do DIU nas maternidades, UBS e atenção especializada ambulatorial incentiva a anticoncepção pós-parto e pós-abortamento.

Hilca Mariana, do Coren-AL, destacou que essa iniciativa do Cofen é muito importante para o fortalecimento da categoria, pois as áreas precisam de apoio contínuo para que as ações sejam efetivas e uniformes em todo o país. “Nossa principal expectativa é a uniformidade das ações, não apenas teóricas, mas normatizadas e colocadas em prática”, afirmou.

Ao final do encontro, a comissão de saúde da mulher apresentará todas as diretrizes debatidas e aprovadas para validarem o planejamento de ações durante o ano.

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