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Ministério da Saúde recomenda vigilância para febre Oropouche na gestação

Doença transmitida por mosquitos pode estar associada a microcefalia

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16.07.2024

O Ministério da Saúde emitiu alerta de vigilância para as secretarias municipais e estaduais de Saúde frente a transmissão vertical da febre Oropouche. Antes restrita à região norte, a doença, transmitida por mosquitos e maruins, já registra transmissão local em 16 estados e pode estar associada a má formações no feto.

O Instituto Evandro Chagas do MS detectou presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia. A presença do vírus confirma a transmissão da gestante para o feto, mas, segundo o Ministério da Saúde, ainda não é possível confirmar se há relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas. 

“Gestantes devem instalar telas de proteção, usar repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo”, recomenda a enfermeira Ivone Amazonas, da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). 

O ministério recomenda orientação às gestantes, coletas de amostras e preenchimento da ficha de notificação. Casos negativos de dengue, zika e chikungunya devem ser testados automaticamente para febre oropouche.

Testes diagnósticos estão disponíveis na rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). De janeiro a 6 de julho, o Brasil confirmou 7.044 casos da doença. É mais de 7 vezes o total de casos registados em 2023.

A febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Os  sintomas são similares aos da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. 

Fonte: Ascom Cofen, com informações do Ministério da Saúde