Ministério da Saúde avaliará implementação da Hora do Colinho no SUS

Enfermeira idealizadora do projeto e presidente do Cofen acompanharam a deputada Edna Henrique em audiência com o ministro

02.09.2021

Queiroga avalia implementação do protocolo como política pública do SUS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu nesta quarta-feira (1/9), a deputada Edna Henrique (PSDB-PB), autora do Projeto de Lei 2956/2021, que institui em âmbito nacional a “Hora do colinho”. Acompanhada pela presidente do Cofen, Betânia Santos, e pela enfermeira Mariluce de Sá, idealizadora da iniciativa, a deputada apresentou o projeto ao ministro. Queiroga vai avaliar com sua equipe técnica a possibilidade de implementação do protocolo como política pública no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O protocolo estabelece o acolhimento humanizado a recém-nascidos que, por algum motivo, tenham sido privados do acompanhamento materno e de familiares durante a hospitalização. Implementado inicialmente na maternidade estadual Frei Damião (PB) para atender órfãos da pandemia ou bebês cujas mães se encontravam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o projeto chamou a atenção da deputada. “O amor cura”, afirma Edna Henrique, que propôs a implementação nacional, expandindo-o para outras unidades hospitalares. Sensibilizada pela perda recente do marido, na pandemia de covid-19, a deputada ressaltou a importância do acolhimento aos órfãos da covid-19 e outros bebês privados de contato materno.

“Enfermagem é a mão que cuida, mas também é o colo que acalenta”, define a enfermeira Mariluce. O tempo de colo é ajustado conforme a demanda do bebê. A técnica aprimora a respiração e promove a expansão da caixa torácica do bebê, o que auxilia o funcionamento do intestino e do estômago. Dados preliminares da Maternidade Frei Damião, citados pela enfermeira, apontam melhoria de indicadores como tempo de sono e ganho de peso, além da redução do refluxo e do tempo de internação.

“O método Canguru já preconiza o colo da mãe ou outro familiar como estratégia de cuidado para o recém nascido, e a hora do colinho vem suprir esta necessidade de colo nas circunstâncias onde ele não é possível”, explica Mariluce. Além dos casos de covid-19, Mariluce aponta casos de crianças neuropatas que residem em UTI sem acompanhante, ou situações como a síndrome de HELLP, que pode inviabilizar, temporariamente, o colo familiar.

Respaldo técnico – A Hora do Colinho recebeu parecer técnico favorável do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), reconhecendo a legalidade e adequação do Protocolo Operacional Padrão (POP), com potencial de replicação. O parecer destaca a importância do acolhimento e do colo para o desenvolvimento do recém-nascido.

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