Novas variantes da covid-19 são monitoradas no Brasil

Cofen pede auxílio de toda a população e dos profissionais de Enfermagem para conter as variantes da covid-19

09.02.2022

Com o surgimento da ômicron, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem chamado a atenção para o fato de que tal variante passou a ser uma preocupação mundial. Recentemente, outras variantes foram detectadas em território nacional, o que deixa a saúde em estado de alerta. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) alerta para o fato de que a ômicron é uma doença com grande poder de disseminação e, por isso, sugere a retomada de medidas sanitárias e de um controle mais rígido por parte dos profissionais da Enfermagem.

Membros do Comitê Gestor de Crise reunidos

A maior preocupação é o afastamento dos profissionais da saúde dos postos de trabalho. “Quando a população adoece, toda a Enfermagem adoece. Temos as variantes antigas, o surgimento de novas variantes e ainda o registro de alta casos de Influenza. Por isso, precisamos estar atentos ao esquema vacinal dos profissionais e adotar medidas sanitárias com rigor,” explica Eduardo Fernando, membro do Comitê Gestor de Crise do Cofen.

Em novembro de 2021, a variante ômicron foi detectada pela primeira vez em território nacional, quando passou a ser estudada pelos LACENs, os laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para se ter uma ideia sobre a rapidez que a doença é disseminada, em dezembro de 2021, ela representou 39,4% dos genomas sequenciados no Brasil. Já em janeiro de 2022, este índice foi observado em 95,9% de todo o país. Recentemente, um relatório da Fiocruz comprovou que a ômicron havia dominado o cenário epidemiológico da covid-19 no Brasil.

Nova linhagem – Foi detectada também no Brasil, uma nova subvariante da ômicron, com sete casos já registrados no Brasil. A linhagem BA.2 apresenta um grande número de mutações referentes à versão original do vírus. “A subvariante ainda é muito nova, em termos de circulação, para tirarmos grandes conclusões. Há vários grupos de pesquisa, onde o vírus está circulando com um número maior de casos, trabalhando para buscar melhor entendimento. Os resultados ainda são um pouco conflitantes devido à amostragem utilizada nas pesquisas”, afirma a pesquisadora Marilda Siqueira, da Fiocruz.

Marilda Siqueira comenta o avanço da subvariante BA.2

A proporção semanal de BA.2 em relação a outras sequências de ômicron aumentou em mais de 50% durante as últimas seis semanas em vários países. Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da ômicron se originaram e evoluíram.

Atualmente, são 57 países que já detectaram a sua presença. “Queremos evitar um novo ciclo de pandemia, portanto, a melhor estratégia é tomar os devidos cuidados para evitar a transmissão. Pedimos a todos para tomarem os devidos cuidados,” comenta Eduardo Fernando.

Atuação da Enfermagem – O Comitê Gestor de Crise do Conselho Federal de Enfermagem (CGC/Cofen) recomenda o reforço das medidas sanitárias de segurança. O comitê foi instituído pela Portaria Cofen 251, em 12 de março de 2020, para gerenciar problemas inerentes à crise da pandemia de Covid-19.

A equipe realiza, entre outras ações, o monitoramento epidemiológico contínuo da covid-19 através de informações profissionais das instituições de saúde disponíveis no Observatório da Enfermagem . Até o momento, soma-se 59.334 casos de covid-19 entre a categoria desde o início da pandemia no Brasil, além de 869 mortes de profissionais confirmados.

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