Pesquisa como instrumento de inovação é tema de mesa redonda no 24º CBCENF

Especialistas ressaltam a importancia do alinhamento entre a prática de Enfermagem e a pesquisa o avanço da categoria

14.09.2022

Enfermagem é a maior força de trabalho do SUS

A Pesquisa científica como instrumento de inovação nas práticas profissionais foi tema da mesa redonda que fez parte da programação do 24º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (24º CBCENF). A mesa foi coordenada pela enfermeira Isabel Cunha, editora chefe da revista Enfermagem em Foco.

A enfermeira Maria do Carmo Fernandez falou sobre o contexto atual da Enfermagem no Brasil. Atualmente são 3,5 milhões de trabalhadores na área da saúde, sendo 50% da Enfermagem, presente em todos os municípios e representando a maior força de trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS). A Enfermagem atua nos setor público, privado, filantrópico e de ensino e possui responsabilidade no atendimento das políticas de saúde e social , para diminuir a desiguldade e aprimorar a qualidade dos serviços de saúde.

Mesa foi coordenada pela enfermeira Isabel Cunha, editora chefe da revista Enfermagem em Foco

Maria do Carmo explica que a pesquisa deve atuar como instrumento de qualificação das práticas assistenciais. No passado os cuidados eram empíricos e muitas vezes administrados por familiares ou religiosos e hoje é científico. Ainda assim, essa ciência está em constante construção e trás reflexões importantes. “Para além do progresso quantitativo é importante considerar os reais impactos que a ciência produzida nesses programas exerce sobre a prática de assistência, bem como o reconhecimento acadêmico e a sua visibilidade social. É necessário melhorar a integração entre a produção científica e o seu consumo por enfermeiros assistências, a fim de promover a mudança nos processos”, afirma.

Existem diversos obstáculos a serem superados para conectar a pesquisa e a prática. Maria do Carmo fala, ainda, sobre ações estratégicas para essa aproximação, como implementação de estratégias guiadas na educação permanente das instituições no desenvolvimento de competências, para que o enfermeiro possa utilizar as tecnologias em benefício do trabalho. Também é importante estabelecer conexão direta entre enfermeiros pesquisadores e assistenciais, promovendo boas práticas entre os diferentes atores sociais.

O presidente do Coren Sergipe, Conrado Marques, contribuiu com a discussão apresentando sua pesquisa em biotecnologia industrial. Ele falou sobre a necessidade real da prática no dia a dia da Enfermagem, além de uma oportunidade para pesquisa de novas saídas e métodos de cuidado. “A pesquisa é como a Enfermagem consegue inovar através da ciência. Através da prática científica podemos contribuir com a prática assistencial. É vital trabalhar a ciência de ponta para melhorar cada vez mais nossas práticas”, afirma.

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