Plenária aberta aproxima Cofen dos profissionais de Enfermagem

Políticas públicas, projetos de interesse da categoria e o ensino de Enfermagem no Brasil foram debatidos em sessão aberta realizada no Coren-MG

24.06.2016

Profissionais de Enfermagem de Minas Gerais acompanharam, nesta quinta-feira (23/6), plenária aberta do Cofen.­ Aproximando ainda mais o conselho dos profissionais, a plenária aberta, realizada na sede do Coren-MG, debateu políticas públicas, projetos de interesse da categoria e o ensino de Enfermagem no Brasil. A sessão contou, ainda, com a presença de presidentes de Conselhos Regionais e da Comissão Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Conaten/Cofen)

O presidente do Cofen, Manoel Neri, apresentou políticas públicas apoiadas pelo sistema Cofen/Conselhos Regionais para superar a crise enfrentada pela Enfermagem. Rebaixamento salarial, desemprego aberto e desgaste profissional são facetas desta crise, evidenciada na pesquisa Perfil da Enfermagem (Cofen/Fiocruz).

Apesar das dificuldades, o desejo de se qualificar é um anseio do profissional de Enfermagem. Grande parte dos enfermeiros brasileiros têm pós-graduação; e os técnicos e auxiliares apresentam escolaridade acima da exigida para o desempenho de suas atribuições. O Cofen defende emenda constitucional para permitir a ascensão profissional.

O presidente Manoel Neri apresentou, ainda, projetos como o programa de mestrado profissional; complementação de estudos técnicos; o exame de suficiência para novos profissionais; e a proibição do ensino técnico e de graduação a distância, tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais na véspera.

Regulamentação da Jornada – Um dos principais anseios da Enfermagem, a regulamentação da jornada também foi discutida na plenária aberta. “O profissional está cansado. São 16 anos de luta, sem que tenhamos conseguido pautar o PL 30h. Mas, desde que se iniciou essa campanha, centenas de municípios, inclusive algumas capitais, criaram leis regulamentando a jornada em 30h. Às vezes conquistamos em etapas aquilo que não conseguimos conquistar integralmente”, afirmou.

Representatividade Política – O conselheiro Luciano Silva apresentou o processo de aprovação de leis, a correlação de forças no Congresso Nacional e a articulação política do Cofen para aprovar projetos de interesse da Enfermagem ou garantir que a regulamentação de profissões como a de instrumentador cirúrgico e de cuidador respeite as prerrogativas legais de Enfermagem.

“A Enfermagem teve sua fase religiosa, sua fase vocacional e vivemos hoje a fase científica. É através do conhecimento que vamos transformar a profissão. Não dá mais para o profissional desconhecer as funções de cada entidade, o processo de aprovação de leis”, afirmou o conselheiro, ressaltando a importância de representatividade política.

Ensino de Enfermagem – Avaliadora institucional do Inep/MEC, a conselheira federal Dorisdaia Humerez apresentou palestra sobre o ensino da Enfermagem no Brasil, convidando o público a refletir sobre o cuidado e a interdependência entre ensino e exercício profissional.

“Devemos pensar no cuidado como promotor da Saúde. A doença é um episódio na vida da pessoa; não é a pessoa”, afirmou a conselheira, que citou o mineiro Rubem Alves para ressaltar a importância de estabelecer vínculos com os pacientes e a comunidade para promover a autonomia.

Era uma vez uma cidade que possuía uma comunidade, que possuía uma escola. Mas os muros dessa escola eram fechados a essa comunidade. De repente, caíram-se os muros e não se sabia mais onde terminava a escola, onde começava a comunidade. E a cidade passou a ser uma grande aventura do conhecimento.” (Rubem Alves)

 

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