Podcast da Fiocruz apresenta travestis e transexuais nas ciências

Episódio se inspira nas possibilidades de existência de uma travesti, buscando naturalizar sua presença no ambiente acadêmico

09.08.2022

O Brasil é o país que mais mata pessoas transgêneros no mundo. Em 2021, 140 pessoas transexuais foram assassinadas, sendo 135 travestis e mulheres trans e cinco homens trans e pessoas transmasculinas, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O episódio aborda a trajetória de vida articulada com as vivências e pesquisa cientifica de Luma Nogueira de Andrade, a primeira doutora travesti no país. 

O caminho percorrido por Luma Nogueira é o tema do episódio #4 do podcast Revozes da Fiocruz onde a professora compartilha sobre a sua existência, construída no interior do estado do Ceará que a levou a dissertar sobre outras possiblidades de ser travesti, fora das ruas e prostituição – lugares comuns da presença travesti, propondo condições de fuga e táticas para existir e permanecer na educação e ciência.  

O preconceito também dificulta o acesso a direitos. De acordo com a Antra, apenas 0,02% das pessoas trans cursaram o ensino superior, 72% não possuem o nível médio e 56% não concluíram o ensino fundamental.

Desde 2017, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) assegura a possibilidade do uso de nome social na carteira de identidade profissional para travestis e transexuais.  O nome social é aquele pelo qual uma pessoa se identifica, deseja ser chamada e é reconhecida na sociedade. 

A Resolução Cofen 537/2017, que reconhece o direito ao registro com o nome social, foi aprovada por unanimidade pela plenária do Cofen. “Mais uma vez o conselho federal é protagonista na garantia dos Direitos Humanos, respeitando as manifestações da diversidade e orientação sexual”, afirmou o conselheiro federal Vencelau Pantoja. 

Recentemente o Cofen criou a Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Intercultural para assessorar o plenário em matérias de segmentos vulneráveis, isolados, discriminados, marginalizados e desassistidos.

Para ouvir o podcast, acesse o link.

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