Podcast do Coren-AM esclarece sobre doenças crônicas

Segunda edição do PodeCoren já está disponível

09.02.2024

O mês de fevereiro é marcado por campanhas de conscientização sobre as doenças crônicas, como o Mal de Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus, que têm tratamentos que podem amenizar os sintomas e que se enquadram dentro do “Fevereiro Roxo e Laranja”, respectivamente.

Pensando nisso, o Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM) trouxe ao segundo episódio do podcast PodeCoren a discussão sobre estas doenças e de que forma a sociedade pode buscar tratamento, caso identifique os sintomas de algumas delas e possam realizar o tratamento correto.

O bate-papo ocorreu nessa quarta-feira, 7, e contou com a mediação da presidente do Coren-AM, a enfermeira Maria Alex Sandra e das especialistas em Enfermagem, Rizete Santana, Elanny Barbosa, Andreia Fernandes.

Durante a conversa, a conselheira do Coren-AM e especialista em cuidado com idosos, Rizete Santana, destacou que 30% de seus pacientes têm Alzheimer e que a doença tem diversas escalas de gravidade, pois é uma doença lenta e gradual.

“Eu tenho observado que, quando a família tem o diagnóstico da doença de Alzheimer, tem uma grande dificuldade de aceitação. E esse é o primeiro passo, a aceitação, porque a ideia é que pra preparar para o pior, pois é um longo caminho e para não ter muitas surpresas. A duração da doença é prevista de cinco a dez anos e se prolongar por vinte anos”, destacou Rizete Santana pontuando que a fase inicial do Alzheimer passa despercebida.

Rizete destacou, ainda, que geralmente a descoberta vem já na fase agravada, com a perda de memória e alteração no comportamento.

A presidente do Coren, Maria Alex Sandra, destacou que o estresse do dia a dia também causa a perda de memória e que isso também deve ser observado.

“O estresse também traz pra gente uma ausência de memória e que talvez essa fase inicial seja de difícil diagnóstico, embora seja detectada nos idosos, mas a gente também fica preocupada em relação a isso: Nossa será que eu saí de casa e fechei a porta de casa? Daí eu volto lá e confirmo. Será que fechei a porta do carro?”, declarou.

Maria Alex Sandra destacou, ainda, que muitas vezes não é por falta de conhecimento sobre a doença a falta de um diagnóstico mais rápido, mas pelo envelhecimento da população mundial e que a Enfermagem tem diversas vertentes para atendimento destes pacientes.

“Eu sou a própria paciente” – Já sobre a fibromialgia, a enfermeira auditora Elanny Barbosa contou sua experiência, tanto como enfermeira quanto paciente que convive com a doença autoimune. Elanny disse que seu diagnóstico não foi identificado logo de início e que só descobriu a fibromialgia por meio de outra doença autoimune na retina.

“Eu sou a própria paciente e é muito difícil fazer o diagnóstico porque muita das vezes a gente é tratada como uma dor emocional, é coisa da sua cabeça, e aí você acaba se culpando: Será que eu estou muito ‘mimizenta’? Se eu estou deixando de ser eu mesma ou deixando que alguma coisa me abale a ponto de eu ficar com dor?”, disse Elanny esclarecendo que a aceitação do diagnóstico é difícil e a levou a uma depressão.

Ainda sobre o convívio com a doença, Elanny disse que por um tempo deixou os cuidados de lado e buscou esconder isso no ambiente de trabalho, mas que a mudança na rotina, como a implantação de atividades físicas e melhoria na alimentação, ela vem convivendo com a fibromialgia, mesmo sentido dores.

Cuidado compartilhado – O lúpus foi outra doença crônica abordada durante o bate-papo sobre o mês do Fevereiro Roxo, durante o PodCoren. Quem falou sobre os sintomas e tratamento foi a especialista em Saúde Pública, Andreia Fernandes, que alertou sobre os cuidados do próprio paciente com a doença.

“Eu fico feliz quando eu pego um paciente que consegue vislumbrar todas as possibilidades de trazer para si uma qualidade de vida. Entender que tem muitas coisas que dependem dele nesse cuidado compartilhado, que é assim: eu tenho parte neste cuidado nesse tratamento, você tem, sua família tem e aquele que está ao redor também”, destacou Andreia, pontuando que há dois tipos de lúpus, o discoide, que tem como característica manchas e lesões na pele, chamadas de “borboletinha”, e o sistêmico, que afeta outros órgãos e partes do corpo.

Andreia Fernandes destacou, ainda, que a doença é proveniente mais em jovens e que feta mais mulheres do que homens no Brasil.

Sobre Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus

Alzheimer: Doença neurodegenerativa que compromete funções cognitivas, interferindo no comportamento e memória. Comum em idosos, desafiando pacientes e doadores.

Fibromialgia: Afeta articulações, causando dores generalizadas, cansaço e impacto no sono. Um mistério ainda não desvendado, afetando predominantemente mulheres.

Lúpus: Um distúrbio crônico onde o corpo produz anticorpos em excesso, atacando órgãos vitais. Afeta principalmente mulheres, sendo mais comum durante a idade fértil.

Fevereiro Roxo – A campanha Fevereiro Roxo foi criada em 2014, em Minas Gerais, com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus são doenças crônicas e que não têm cura. No entanto, há formas de controlar e retardar sintomas, além de existir tratamentos que permitem que o paciente conviva com as enfermidades. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para retardar e controlar sintomas.

 

Assista o programa completo:

https://youtu.be/tPBRPTKYiQc?t=597

Fonte: Coren-AM

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