Capacitação de profissionais visa reduzir mortalidade no Território Yanomami

Medida do Ministério da Saúde, visa implementar ações de formação com foco na assistência às urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária indígena

12.08.2024

Foto: Igor Evangelista/MS

Recentemente, 35 profissionais de saúde do Território Yanomami receberam formação especializada com o objetivo de reduzir as taxas de mortalidade materna, neonatal e infantil. A qualificação realizada pelo Ministério da Saúde abordou áreas como cuidados com recém-nascidos, reanimação neonatal, transporte adequado de pacientes e manejo de doenças infantis prevalentes. A capacitação incluiu o uso do traje antichoque não pneumático (TAN), essencial para o transporte seguro de pacientes em áreas remotas. O treinamento é a segunda turma treinada em 2024, complementando a formação de 35 profissionais qualificados anteriormente. 

Com essa formação, o território agora conta com um total de 70 profissionais habilitados para atender a urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária indígena. Além disso, foram distribuídos kits com trajes antichoque e equipamentos de reanimação neonatal.

O treinamento envolveu médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais da rede local em maternidades, Casas de Saúde Indígena, polos-base, Unidades Básicas de Saúde Indígenas e no SAMU. As principais causas de mortalidade materna na região incluem hemorragias pós-parto, infecções puerperais e eclâmpsia, enquanto a mortalidade infantil está associada a causas evitáveis como asfixia, pneumonias e doenças respiratórias, além de desnutrição e septicemias nos primeiros dias de vida.

No primeiro trimestre de 2024, foram registrados 74 óbitos no território Yanomami, uma redução de 33% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que registrou 111 mortes. O boletim também indica a diminuição dos principais agravos, como óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves.

O Território Yanomami, a maior terra indígena do Brasil, está recebendo investimentos contínuos desde janeiro de 2023 para enfrentar a crise provocada pelo garimpo ilegal, com aumento do efetivo de profissionais e intensificação das ações de saúde para combater doenças e garantir assistência adequada.

Fonte: Ministério da Saúde

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