Saúde na Escola: 8 em cada 10 escolas públicas participam de campanha para ampliar vacinação

Meta é vacinar 27 milhões de estudantes na próxima segunda e terça-feira, 14 e 15/4

11.04.2025

Enfermeira vacina aluna do ensino fundamental em Marechal Deodoro, Alagoas

Escolas públicas de todo o país estarão mobilizadas na próxima segunda e terça-feira, 14 e 15/4, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes. A campanha faz parte do Programa Saúde na Escola, e busca ampliar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes de 9 a 15 anos. A meta é vacinar 90% dos estudantes.

Equipes de Enfermagem do Sistema Único de Saúde (SUS) participam da campanha, que teve a maior adesão desde a criação do programa, em 2007. São 5.544 municípios participantes, que juntos têm 27,8 milhões de alunos de 109,8 mil escolas.

Será realizada a checagem de cadernetas para identificar a necessidade de atualização.  Conforme a faixa etária de indicação da vacina, serão aplicadas doses das vacinas contra febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV. As vacinas poderão ser aplicadas por equipes de Saúde no ambiente escolar ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sempre com autorização dos responsáveis.

Uma novidade anunciada pelo Ministério da Saúde é que as doses aplicadas nas escolas ou por encaminhamento escolar devem ser registradas na caderneta de vacinação com a opção “Vacinação Escolar”, permitindo o monitoramento mais preciso do impacto da iniciativa. 

“É uma oportunidade excelente para identificarmos lacunas vacinais, principalmente entre as crianças maiores e adolescentes, que têm menos doenças agudas ou crônicas e buscam os serviços de Saúde com menor frequência”, afirma a conselheira Betânia Santos, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção à Saúde do Adolescente, Adulto e Idoso (CTEASAAI) do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

“Na maior parte dos casos, não se trata de recusa vacinal: faltou informação ou disponibilidade. Nos casos de hesitação da família, é importante escutar as dúvidas, esclarecer os efeitos colaterais e a segurança das vacinas”, pondera Betânia.

A Enfermagem tem um papel histórico como “guardiã” das vacinas no Brasil. É responsável pela gestão da cadeia de frios, administração, prescrição de vacinas e acompanhamento de seus efeitos adversos, além da busca ativa e elaboração de estratégias para ampliar a vacinas nos territórios. São 35 mil salas de vacina, coordenadas por enfermeiros, em todo o território nacional.  

Além da vacinação

Além da imunização, o Programa Saúde na Escola promove outras ações de promoção da saúde de crianças e adolescentes. Entre 2022 e 2024, foram registrados crescimentos nas áreas de saúde mental (77,68%), atividade física (73,61%), saúde bucal (67,01%) e verificação da situação vacinal (35,30%), 

Das 109,8 mil escolas participantes, 53,6 mil escolas têm maioria de alunos do Bolsa Família. Outras 2.220 escolas estão em territórios quilombolas e 1.782 escolas possuem indígenas incluídos. 

Vacinação nas escolas é lei

Lei 14.886/24 institui o Programa Nacional de Vacinação nas Escolas. A estratégia busca facilitar o acesso às vacinas, identificar e reduzir bolsões de não vacinados, além de reduzir a hesitação vacinal.  A Constituição de 1988 alterou o poder familiar, que passou de “autoridade parental” para um dever de cuidar e proteger os filhos. O entendimento do Superior Tribunal de Justiça é que o dever de cuidado implica em obrigação da vacinar, considerando o princípio do melhor interesse da criança.

 

Fonte: Ascom/Cofen, com informações do Ministério da Saúde

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