Seminário sobre Saúde do Trabalhador destaca efeitos da pandemia

Confira a íntegra da abertura do evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde

16.11.2021

O Seminário Internacional Proteger o Trabalhador e a Trabalhadora é Proteger o Brasil teve início nesta segunda-feira (15/11), com uma abertura virtual que reuniu centenas de participantes de diferentes países.

Realizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o evento integra a programação pelo Ano Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora da Saúde e da Assistência. O tema central do seminário será “Proteção do trabalho como estratégia para a saúde como bem comum: democracia e defesa do SUS para todas as pessoas”.

O presidente do CNS, Fernando Pigatto, fez referência às mortes causadas pela pandemia da covid-19 no Brasil. Segundo ele, a pandemia agravou a situação já debilitada da saúde pública no país, além de aumentar a miséria, a fome e o desemprego.

“Temos mais de 610 mil vidas tiradas de nós pelo negacionismo, pelo genocídio que está sendo praticado em nosso país. Não temos o que comemorar neste dia porque a democracia segue sendo ameaçada e temos um presidente que representa um projeto de morte. Ao mesmo tempo, estamos aqui a partir de uma construção coletiva, em um seminário dessa magnitude, porque temos um povo que resiste, luta, sonha, acredita e faz acontecer o esperançar de um novo tempo. Continuamos a creditando numa país, numa América Latina e num mundo onde o trabalho não represente exploração, mas sim seja valorizado e as pessoas sejam felizes”, afirmou Pigatto.

Para representante da Opas/OMS, Mónica Padilla, a pandemia mostrou, mais que nunca, a necessidade dos trabalhos em saúde para que todos pudessem enfrentar os desafios causados pela pandemia. “Quero fazer um reconhecimento ao papel chave que joga o CNS no SUS, no país e nos direitos da população brasileira em matéria de saúde e dos trabalhadores da saúde. O conselho representa a possibilidade de participação social, com uma estrutura respaldada legalmente”, afirmou. A estrutura do CNS é “uma fortaleza”, que o país precisa cuidar.

O seminário é voltado para conselheiros(as) de Saúde, integrantes das comissões intersetoriais do CNS, dos movimentos sociais e de entidades que compõem o controle social na saúde, gestores, entidades de ensino e de estudantes das profissões da área de saúde, fóruns de residentes na saúde, integrantes do Ministério Público do Trabalho e pessoas interessadas no tema.

Em 2020, o Brasil liderou os óbitos de profissionais de Enfermagem por covid-19, como demonstram os dados do Observatório da Enfermagem.

Unidos em Defesa da Saúde – O Cofen integra o Conselho Nacional de Saúde (CNS), com o qual compartilha, historicamente, bandeiras como a defesa da atuação multiprofissionalformação presencial e de qualidadehumanização do partoinvestimentos no SUS e seus profissionais.

Para a representante do Cofen no CNS, Edna Mota, o seminário é uma oportunidade de reforçar o caráter essencial do trabalho na linha de frente da pandemia. “Quem esteve na linha de frente, incansável, doando sua vida para salvar vidas, foi a Enfermagem, com mais de 2 milhões de profissionais em todo o Brasil. Houve danos principalmente no tocante a saúde mental, fatores esses que necessitam de um olhar diferenciado para a saúde dos trabalhadores”, destaca.

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