Vacina contra chikungunya manteve 98% de proteção após 1 ano

Ensaio clínico da nova vacina foi feito pelo Butantan com 750 adolescentes

24.01.2025

A vacina contra chikungunya, produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica franco-austríaca Valneva, demonstrou imunidade duradoura em adolescentes. A vacina manteve a produção de anticorpos em 98,3% dos adolescentes imunizados após um ano de aplicação, segundo o resultado de um ensaio clínico de Fase 3, publicado na revista The Lancet. O estudo foi realizado pelo Butantan com 750 adolescentes de 12 a 17 anos de idade que vivem em áreas endêmicas do Brasil.

Os primeiros resultados, publicados em setembro, indicavam que, 6 meses após a vacinação, 99,1% dos adolescentes mantinham anticorpos contra a doença.

O resultado é compatível com os registrados nos em adultos no Estados Unidos, onde ensaios de Fase 3 com 4 mil voluntários (18 a 65 anos) demonstraram imunogenicidade de 98,9%, em 6 meses. A vacina foi aprovada para uso em adultos pela Food and Drug Administration (FDA), e pela European Medicines Agency (EMA), entidades análogas à brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Chikungunya

A chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, da zika e da febre amarela. A doença causa dor e inchaço nas articulações, além de febre, dor muscular, dor de cabeça e manchas na pele. Pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações. Neste ano, o Brasil já registrou três mortes por chikungunya, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Em 2024, foram 214 óbitos provocados pela doença.

A expectativa é que, se aprovada, a vacina seja incorporada ao calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o primeiro país do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde. 

Arboviroses se espalham com aquecimento global

Estudos confirmam que  o aedes aegypti tem se alastrado pelas regiões Sul e Centro-Oeste. Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Goiás lideram o ranking de maior incidência da doença, antes concentrada nas regiões litorâneas. 

Prevenção

A principal forma de prevenção é o combate ao mosquito, eliminando criadouros em água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso. É na água parada que o mosquito deposita seus ovos. Além disso, se recomenda o uso de telas antimosquitos, roupas de manga longa e repelentes à base de icaridina, sobretudo para gestantes. 

Confira site da campanha Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora, do Ministério da Saúde

 

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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