Vacinação pode barrar chegada da epidemia de coqueluche no Brasil

Aumento global da doença preocupa. Profissionais de Enfermagem que atuam na assistência a bebês ou estejam com esquema vacinal incompleto também devem se vacinar

10.07.2024

Criança com tosse convulsa, característica da coqueluche

A vacinação pode barrar chegada da epidemia de coqueluche no Brasil. O último pico da doença, importante causa de morbimortalidade infantil, foi registrado em 2014 no país. O aumento global dos casos, sobretudo na Europa e Ásia, ascendeu o alerta epidemiológico. De acordo com o Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças (ECDC), foram registrados na União Europeia mais de 32 mil casos de coqueluche nos três primeiros meses de 2024, frente aos pouco mais de 25 mil registros do ano passado inteiro. Para a agência de saúde francesa, os dados indicam “uma situação epidêmica estabelecida”, sendo recomendada “vigilância acrescida” durante as Olimpíadas de Paris, que começam em 26 de julho.

Nota técnica do Ministério da Saúde recomenda o aumento da vigilância epidemiológica e o reforço da vacinação de crianças menores de 1 ano, aplicação dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos, vacinação de gestantes, mulheres no pós-parto e de profissionais da área da saúde. A vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, é indicada para profissionais e estagiários da saúde atuantes em UTIs (unidades de terapia intensiva), UCIs (unidades de cuidados intensivos neonatal convencional) e berçários, e como complemento do esquema vacinal.

“Os profissionais de Enfermagem que atuam diretamente no atendimento a bebês ou que estejam com esquema vacinal incompleto devem se vacinar”, explica o enfermeiro Eduardo Fernando de Souza, especialista em Saúde do Trabalhador e colaborador do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Além de proteger o profissional, a imunização é importante para a segurança dos pequenos pacientes ainda não imunizados, sobretudo os lactentes menores de 6 meses. Para as grávidas, a vacina deve ser aplicada entre 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para o bebê, com efetividade estimada em 91%.

Causada pela bactéria bordetella pertussis, a coqueluche se caracteriza por crises de tosse seca incontroláveis, intercaladas com a ingestão de ar, que podem provocar um som agudo, similar guincho ou chiado. Sintomas clássicos incluem vômitos e falta de ar, podendo levar a cianose. A coqueluche compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). A infecção pode durar cerca de 6 a 10 semanas e evolui em três fases sucessivas: a fase catarral, a fase paroxística e a fase de convalescença.

Fonte: Ascom/Cofen

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