X Marcha Pela Humanização do Parto reforça a importância da rede de atenção

Evento aconteceu neste sábado (19/11), em Teresina, com organização do Coren-PI, Cofen e Abenfo

21.11.2022

Aproximadamente 2 mil pessoas estiveram presentes no Complexo Turístico da Ponte Estaiada

Assegurar a humanização da assistência no ciclo gestacional levando em consideração os diversos aspectos individuais, culturais e emocionais envolvidos nesse processo é um grande desafio de saúde pública. Nesse contexto, a Marcha Pela Humanização do Parto busca resgatar o entendimento da gestação e do parir como atos fisiológicos fundamentais no processo reprodutivo. Informando, orientando e divulgando o conjunto de procedimentos, que vão desde a gestação até o puerpério, e possibilitam uma experiência mais segura e acolhedora. Em sua 10ª edição, a intervenção teve como tema: Pela garantia de uma rede de atenção humanizada à gestação, ao parto e ao puerpério.

No último sábado (19/11), aproximadamente duas mil pessoas, entre profissionais de enfermagem, demais áreas da saúde, instituições de ensino parceiras, e simpáticos à causa, estiveram reunidas com intuito de promover discussões e sensibilizar gestores e a sociedade em geral da importância da garantia de acesso a uma rede de assistência adequada ao parto e ao puerpério. A Marcha foi promovida pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) em parceria com a Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica (Abenfo) e com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e aconteceu no Complexo Turístico da Ponte Estaiada, na Zona Leste de Teresina, com percurso que seguiu até o balão do Riverside Shopping.

Plenário do Coren-PI abraçou a luta por respeito e assistência segura às gestantes e aos bebês

“Depois de dois anos em formato alternativo, por causa da pandemia da covid-19, retornamos em grande estilo, para a nossa 10ª edição. Nossa marcha tem como objetivo conscientizar a sociedade e todos os atores envolvidos nesse processo tão importante, da gestação, parto e puerpério, de forma a garantir os direitos e respeitar a autonomia da mulher”, pontuou o presidente do Coren-PI, Antonio Luz Neto.

A mamãe de primeira viagem, Danielle Grass, achou oportuno marcar presença e fortalecer a X Marcha Pela Humanização do Parto. Enquanto empurrava o carrinho do seu filho, Arthur, de nove meses, dividiu conosco um pouco da sua experiência. Ela conta que sempre foi a favor do parto humanizado, mas não conhecia o tema a fundo. Após pesquisar, assistir a séries e filmes, sentiu a necessidade de possuir garantias no momento do nascimento do seu filho: “Assim que fiquei por dentro da temática, procurei uma médica que atuasse com um atendimento humanizado. Em um instante tão marcante, tão importante da minha vida, não queria ser induzida a uma cesárea. Nesse processo, entendi ainda mais a importância de ter um equilíbrio emocional, e do quão essencial era ter o suporte de uma equipe de enfermagem fazendo o meu acompanhamento em casa, me passando todos os detalhes”, explicou.

Helena, primeira filha de Rafaela, acompanhou a mãe no evento

Exibindo com alegria a sua pintura (arte gestacional) realizada durante o evento, Rafaela Nolêto, que aguarda ansiosamente a chegada do seu segundo filho, Ravi, destacou a relevância desse tipo de intervenção não só para as gestantes: “É muito importante que a gestante se sinta segura desde o pré-parto, durante o parto e no pós-parto. Isso é uma garantia fundamental para que tenhamos uma experiência positiva na chegada dos nossos bebês. É um direito tanto nosso, como dos nossos filhos”, disse.

Seja no parto tradicional ou no parto cesariano, o termo “humanizado” refere-se à forma como o procedimento é conduzido. Fugindo da percepção do parto como uma metodologia fechada, no parto humanizado, as vontades e características da gestante são consideradas, a mulher é protagonista.

“Esse evento já faz parte do calendário da cidade de Teresina. É o momento em que reunimos as famílias e mostramos a alegria da nossa gente, na luta por nascimentos felizes, que dependem de toda a nossa sociedade e de profissionais de saúde engajados e conscientes”, comentou a conselheira federal do Cofen, Tatiana Melo. De acordo com Tatiana, é essencial que as gestantes tenham o direito de escolher como parir e de definir uma equipe qualificada que possa assisti-las da melhor maneira possível.

 

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