Parto Seguro e respeitoso é tema do Dia Mundial da Segurança do Paciente

Sede do Conselho Federal de Enfermagem recebeu iluminação especial para lançamento da Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso

17.09.2021

Iluminação da sede do Cofen nesta sexta-feira (17/9)

A sede do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) será iluminada nesta noite (17/9), Dia Mundial da Segurança do Paciente, marcando o evento de lançamento da Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso. A iniciativa, que já teve adesão de 50 entidades, atende chamado internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS), propondo estratégias para a redução da mortalidade materna no Brasil.

A aliança segue dez diretrizes, definidas pelas entidades que a integram: Equidade, Respeito, Redes de Atenção, Parto Adequado, Prevenção à Mortalidade Materna, Prevenção da Prematuridade, Letramento, Empoderamento e Engajamento e Participação da Família. Na próxima quarta-feira (22), representantes da aliança entregarão uma carta-compromisso à Câmara, ao Senado e ao Ministério da Saúde.

“Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pré-natais durante a gestação, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas após o parto. A saúde materna e do recém-nascido estão intimamente ligadas”, alerta a enfermeira Betânia Santos, presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que integra a iniciativa, coordenada pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).

Principais causas de mortalidade materna – Conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as principais complicações, que representam quase 75% de todas as mortes maternas, são a hipertensão (pré-eclâmpsia e eclampsia); as hemorragias graves (principalmente após o parto); as infecções (normalmente depois do parto); as complicações no parto e os abortos inseguros. Permanentemente ao lado dos pacientes, os profissionais de Enfermagem são com frequência os primeiros a detectar os sinais. A atuação qualificada da Enfermagem Obstétrica é um dos pilares da Política Nacional de Humanização do Parto e Nascimento (PNHPN).

A pré-eclâmpsia deve ser detectada e tratada antes do início das convulsões (eclâmpsia) e outras complicações potencialmente fatais. “Administrar drogas como sulfato de magnésio a pacientes com pré-eclâmpsia pode diminuir o risco de eclampsia”, comenta Rômulo Negrini, coordenador médico de obstetrícia do Hospital Albert Einstein. A hemorragia grave após o nascimento pode matar uma mulher saudável em poucas horas caso ela não seja atendida prontamente. “O uso de oxitocina logo após o parto é uma medida simples e eficaz que previne até 60 % dos casos de hemorragia puerperal”, afirma Negrini.

Aliança Nacional para Parto Seguro e Respeitoso

Já a infecção após o parto pode ser eliminada com a prática de uma boa higiene e a detecção e tratamento precoces. Para evitar mortes maternas, também é vital prevenir gestações indesejadas e precoces. A consulta de Enfermagem com ênfase em planejamento familiar e reprodutivo é uma das estratégias para ampliação da assistência.

Outros fatores que dificultam o acesso a cuidados durante a gestação e o parto são a pobreza, a falta de informação e os serviços de saúde inadequados. Os determinantes sociais da Saúde refletem-se na mortalidade materno-infantil no Brasil. Não por acaso, a primeira diretriz da aliança é a Equidade. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2020, indicam que, de todos os óbitos maternos ocorridos em 2018, 65% foram de mulheres negras (pretas e pardas).

Registre sua qualificação – O registro de especialidade em Enfermagem Obstétrica é isento de taxas e deve ser feito no respectivo Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “O registro é importante tanto para o dimensionamento das políticas públicas quanto para a ampliação da rede credenciada na Saúde Suplementar”, destaca o coordenador da Comissão Nacional de Saúde da Mulher, Herdy Alves.

A assistência à gestante, o acompanhamento do trabalho de parto e a execução do parto sem distócia estão entre as atribuições dos enfermeiros enquanto integrantes das equipes de Saúde, conforme o artigo 11 da Lei 7498/86. Os enfermeiros obstétricos e obstetrizes, especialistas em parto normal, têm autonomia profissional na assistência, conforme o artigo 9º do decreto 94.406/87.

 

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