Revistas do Cofen e da Abrasco debatem perspectivas da Ciência Aberta

Editores avaliam os desafios da ciência aberta e as boas práticas de editoração científica

26.11.2021

A ciência aberta propõe maior transparência, colaboração e compartilhamento de dados.

Rigor científico, fluxo editorial e ciência aberta foram as principais pautas da oficina “Diálogos Editoriais” promovido pelos editores científicos das revistas “Enfermagem em Foco”, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e “Ciência & Saúde Coletiva”, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), nesta quinta-feira (25), no escritório administrativo do Cofen, na cidade do Rio de Janeiro. O modelo de ciência aberta, que propõe mudanças estruturais, com maior transparência, colaboração e compartilhamento, esteve no centro dos debates.

“A ciência aberta abarca diferentes pilares, dentre os quais destacamos o acesso aberto a publicações e a abertura de dados científicos”, explica a pesquisadora e editora chefe da Revista Ciência & Saúde Coletiva, Cecília Minayo. A revista aderiu à orientação do Scielo que propõe três inovações: a primeira trata do “preprint” definido como um “manuscrito pronto para submissão a um periódico”; a segunda inovação consiste no compartilhamento de dados primários, códigos e outros dados materiais e a terceira dimensão refere-se à abertura progressiva do processo de avaliação por pares dos manuscritos.

O pesquisador Antônio Augusto da Silva, epidemiologista e editor chefe da revista C&SC, vê com preocupação a disponibilização de dados de pesquisas em bases de dados, em um cenário de escassez de recursos. “Isso exige investimento. Essa e outras ações no cenário editorial despertam preocupações de natureza ética e científica e até financeiras, principalmente diante do cenário de corte de verbas para a ciência vivenciadas em 2021 no Brasil”, enfatizou.

Entidades responsáveis pelo projeto se reuniram no escritório administrativo do Cofen

Para o pesquisador Romeu Gomes, também editor chefe da Revista Ciência & Saúde Coletiva, “a discussão sobre rigor permeia aspectos sobre a integridade e a qualidade da pesquisa no âmbito das publicações”. Gomes destaca, ainda, a importância da pergunta inicial da pesquisa, os pressupostos que informam a metodologia utilizada e a discussão dos dados à luz do referencial teórico-conceitual adotado.

Segundo a editora chefe da Revista Enfermagem em Foco, Isabel Cunha, as transformações em curso impõem uma nova abordagem para o processo científico e difusão do conhecimento. “O acesso aberto a publicações, dados de pesquisa, pareceres, revisão por pares aberta, monografias, teses e dissertações abertas, estão no escopo da Ciência Aberta”, destacou.

Participaram da oficina os pesquisadores e editores associados da revista Enfermagem em Foco, Luciano Lourenção, Fernando Porto, Aurilene Cartaxo, Ana Lucia Bezerra, Carlos Leonardo Cunha e o editor de comunicação e editoração científica Neyson Freire. Por parte da revista Ciência & Saúde Coletiva, também participaram da oficina o pesquisador e editor associado responsável pela área de Atenção Primária à Saúde da revista C&SC, Luiz Filipe Pinto, e as editoras executivas da revista, Danúzia Rocha, Rai Mangas, Telma Garcia, Luiza Gualhano e Valéria Oliveira.

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