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Google homenageia enfermeira Elizabeth Kenny

Kenny desenvolveu método de reabilitação para pacientes com poliomielite. A "paralisia infantil" volta a preocupar pela queda da cobertura vacinal

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05.10.2022

O Google homenageia hoje (5/10) Elizabeth Kenny, responsável pela reabilitação de milhares de pacientes paralisados pela poliomielite. A enfermeira e cientista australiana estampa o Doodle, imagem do buscador, no dia em que o Memorial em homenagem aos seus trabalhos completa 25 anos.

Nascida em 1880 em uma comunidade rural na Austrália, Elizabeth Kenny teve pouca educação escolar. Foi autodidata, começando sua atuação profissional na Enfermagem como voluntária, após estudar sozinha anatomia, fisiologia e outros temas.

Após uma década de experiência, Elizabeth Kenny abriu sua própria clínica de Enfermagem, se especializando em reabilitação.

Método Kenny – O tratamento padrão da poliomielite, até o início do século XX, mantinha pacientes engessados ​​por longos períodos. Elizabeth Kenny percebeu que os músculos afetados pela doença ficavam enrijecidos, e que a paralisia era agravada pela imobilidade. Ela passou a aplicar compressas quentes e úmidas nos membros afetados, e a propôr exercícios graduais de fortalecimento muscular. A abordagem ficou conhecida como “Método Kenny”.

Os exercícios reabilitaram milhares de pessoas em todo o mundo. A doença matava milhares anualmente antes do desenvolvimento de vacinas e deixava sequelas neuromotoras severas, sendo, por isso, conhecida como paralisia infantil.

Alerta de Risco – Em vias de extinção no mundo, o pólio pode retornar ao Brasil devido à queda da cobertura vacinal. As taxas de vacinação infantil no Brasil estão em queda e voltaram a níveis alarmantes, comparáveis à década de 1980. 84% dos municípios classificados como de “alto risco” e “muito alto risco” para pólio, segundo dados do Ministério da Saúde.

A vacinação infantil é obrigatória, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cobertura vacinal de pelo menos 95% da população infantil.